Djamila Ribeiro, Eliane Brum, Laurentino Gomes e Maria Valéria Ribeiro concorreram junto ao Indígena e Ambientalista Ailton Krenak, que ganhou homenagem como “Intelectual do Ano”
Após votação realizada entre os sócios da UBE, Ailton Krenak foi escolhido para receber o Troféu Juca Pato, homenagem ao “Intelectual do Ano”, uma láurea conferida à personalidade que, havendo publicado livro de repercussão nacional no ano anterior, tenha se destacado em qualquer área do conhecimento e contribuído para o desenvolvimento e prestígio do País, na defesa dos valores democráticos e republicanos. Em 2019, Krenak publicou o livro “Ideias para adiar o fim do mundo”, pela editora Companhia das Letras.
Foram 54 indicados de todas as regiões do Brasil. Dentre os indicados, a entidade selecionou os escritores Ailton Krenak, Djamila Ribeiro, Eliane Brum, Laurentino Gomes e Maria Valéria Ribeiro para concorrer ao troféu.
A entrega do Troféu Juca Pato está prevista para ser realizada no mês de dezembro, em local ainda a ser definido.
O troféu é a réplica do personagem criado pelo jornalista Lélis Vieira e imortalizado pelo ilustrador e chargista Belmonte (pseudônimo de Benedito Carneiro Bastos Barreto – 1896/1947). O prêmio foi criado em 1962, por iniciativa do escritor Marcos Rey.
Sobre Ailton Krenak
Ailton Alves Lacerda Krenak, conhecido no Brasil e no mundo como Ailton Krenak, nasceu em 1953 no estado de Minas Gerais, na região do Médio Rio Doce. Aos dezessete anos de idade, mudou-se com sua família para o estado do Paraná, onde se alfabetizou e se tornou produtor gráfico e jornalista. Ativo militante e um dos líderes brasileiros da causa indígena há várias décadas, Krenak preocupa-se com o maior desastre socioambiental da História do Brasil, ocorrido em Bento Rodrigues, distrito da cidade de Mariana (MG). Considera ter sido um erro irreparável. Nele se perdeu tudo guardado na memória dos antigos povos que lá habitavam. Muitos ficaram prejudicados pelo fato de o desastre ter atingido o Rio Doce que passa no Leste Mineiro. Lá as tribos indígenas residiam e usavam o rio para além da pesca.