O acarajé vem sofrendo uma série de adaptações e se distanciando de seu significado original, realidade é mostrada no documentário “Àkàrà, no Fogo da Intolerância”
Feito com feijão, camarão e dendê, o acarajé chegou ao Brasil como um prato místico trazido pelos africanos e ofertado em ritual religioso ao orixá Iansã, rainha dos raios, ventos e tempestades. No entanto, há alguns anos, existe um conflito entre os que desejam desvincular a feitura do acarajé de rituais afro-brasileiros e os que zelam por essas tradições.
Pelas mãos do primeiro grupo, o acarajé vem sofrendo uma série de adaptações e se distanciando de seu significado original. Essa realidade é mostrada no documentário “Àkàrà, no Fogo da Intolerância”.
O longa, dirigido por Claudia Chávez, traz histórias de baianas de acarajé e depoimentos de personalidades sobre a intolerância praticada contra as religiões de matriz africana. O filme é uma produção da Obá Cacauê, viabilizada pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
Fotos: Divulgação Doc. “Àkàrà, no Fogo da Intolerância”
O longa tem estreia prevista no Canal Curta!, na Terça das Artes, dia 16, às 18h.
Sobre o Documentário:
“Àkárá, no Fogo da Intolerância”
“Àkàrà no fogo da intolerância” é um documentário que se une à luta contra a intolerância que atinge as religiões de matriz africana, a partir da conflitante realidade do acarajé, um dos pratos mais tradicionais da culinária popular afro-brasileira, que vem sofrendo uma série de adaptações por comerciantes que desejam desvinculá-lo de suas origens religiosas. O longa faz uma análise histórica, sob a perspectiva de quem sofre esse tipo de violência, e expõe a relação desta com o racismo estruturante instaurado na sociedade brasileira.
Diretora: Claudia Chávez.
Duração: 72 min.
Classificação: Livre.